O plágio e as regras de citação nos trabalhos acadêmicos
Informações com base na palestra realizada na
Universidade Unicapital em 13 de Março de 2014, pelo professor André Figueiredo
Rodrigues.
De acordo com o palestrante, com base em
pesquisas, nas universidades do Brasil, ocorrem cerca de 35 à 45% de
reprovações por plágio, caracterizadas como mau procedimento científico.
O plágio é, segundo André, apresentar como
seu o trabalho de outrem, e para evitar que isso ocorra, devemos tomar uma
medida muito simples que é a de dar os créditos a quem apresentou a ideia
original.
Há ainda aqueles que se defendem com a
justificativa de que o conteúdo e ideias reproduzidos podem honrar o
idealizador como uma espécie de homenagem ou divulgação, mas sabemos que isto é
uma inverdade e de fato não descaracteriza um plágio.
No meio acadêmico, o trabalho plagiado não
indica claramente seus empréstimos. São textos cheio de fatos, observações e
ideias que o escritor não poderia ter desenvolvimento sozinho e é escrito em um
estilo diferente. O plágio acadêmico não dá os devidos créditos à suas fontes
de pesquisa.
De acordo com o professor, a apropriação de uma
ideia é crime, e tem penalidade de 3 meses à 1 ano de prisão acrescido de multa
em espécie.
TIPOS
DE PLÁGIO
O professor, também classificou basicamente dois
tipos de plágio:
1. O Plágio Direto – Trata-se da copia integral do conteúdo
já desenvolvido, sem a indicação das fontes. Neste caso, não há nenhum tipo de
preocupação em realizar modificações no conteúdo, mesmo que por “disfarce”.
2. O Plágio Mosaico – É cópia acrescida de modificações e
reformulações, acrescenta elementos sem dar crédito ao autor original. Este
tipo de infração é a mais comum nos dias atuais. Parafrasear é uma técnica
muito comum no meio acadêmico quando se trata de teses e monografias. O que o
aluno desconhece é a facilidade na qual esta artimanha é detectada, pois além
da experiência dos profissionais avaliadores, existem ferramentas tecnológicas
que facilitam este trabalho.
“O que identifica o plágio não é a cópia, mas
sim apropriação da ideia” (André Figueiredo Rodrigues)
CASOS
DE PLÁGIO
Houve também a exemplificação através de
casos:
Casos internacionais citados na palestra
- Marc Raeff foi plagiado por Glynn Barratt num caso claríssimo de plágio mosaico
- Em Harvard, dezenas de alunos expulsos por reprodução da ideia de outros
- Shia Labeouf (ator de cinema norte americano) anuncia que deixará vida pública após acusação de plágio
- Ministra alemã da Educação Annette Schavan renuncia após acusação de plágio e perde seu título de Ph.D da Universidade de Duesseldorf
- Presidente da Hungria Pal Schmitt renuncia após acusação por plágio e teve o seu título de doutorado retirado
- UNAM demite professor Boris Berenzon Gorn por plágio em série
No Brasil
- USP - Demissão do professor de farmácia Adreimar e cancelamento do título de doutorado da aluna pesquisadora. Carolina Dalaqua (Fev. 2011)
CONCLUSÕES
Abordagem de grande importância
principalmente em relação aos universitários mais inexperientes, pois devemos
compreender os fatos e nos posicionarmos de maneira adequada.
É fundamental possuir o conhecimento
necessário para a questão do plágio, não apenas para o meio acadêmico, mas para
toda a vida, ainda mais em tempos de massificação de conteúdos eletrônicos
disparados aqui e acolá.
Os números são de fato assustadores, e os
casos reais com perdas quase irreparáveis nos remetem à reflexão.
Definitivamente, cometer plágio é um risco que não vale a pena, temos muito
mais a perder.
Outra questão fundamental é a técnica. Qual é
maneira correta, dentro das normativas do meio acadêmico, de dar o devido
credito às fontes de pesquisa em trabalhos e monografias?
Acredito que todo universitário deva passar
por um processo de orientações adequadas necessárias para o desenvolvimento
ideal de suas atividades, ao menos teremos o poder de julgar se o caso é de má
orientação ou de mau caráter.
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