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ERP (Sistemas de gestão empresarial) Sistemas de Gestão empresarial (ERPs)

Este texto baseia-se na palestra da professora Magda, especialista em tecnologia da informação, na 43ª semana da administração da UNICAPITAL, Realizada em 9 de setembro de 2013 (dia do administrador).

Hoje no mercado corporativo, quase não se sobrevive sem a eficiência das tecnologias da informação.
Compreende-se a área de T.I, não mais como um “mal necessário” de alto custo, e sim como parte estratégica intrínseca da organização para o mercado, tendo como foco a entrega de valor e ainda sim, tendo o ser humano como prestador de serviços principal.

A implantação dos chamados ERPs, teve grande evolução empírica e tecnológica desde o seu surgimento oriundo da revolução industrial automobilística com as MRPs (Planejamento de requisição de materiais).

Com a popularização do PC e dos softwares no decorrer dos anos, as já complexas MRPs alastraram-se da área da cadeia produtiva para todas as áreas que compreendem a administração de uma empresa, surgindo então o conceito de Enterprise Resource Planning ou Sistemas Integrados de Gestão Empresarial.

Na virada do ano 1999 para 2000, um grande impasse tecnológico perturbava as organizações de todo o mundo com chamado Bug do Milênio, porém já com antecedência, programadores de todo o globo terrestre trabalharam com afinco para que esta mudança não ocasionasse impactos negativos nos sistemas de informação das organizações. Surge então o chamado ERP II, que acompanha as mudanças sistêmicas em relação à globalização.

Etapas e aspectos abordados sobre a implantação de ERPs

  1. Antes de decidir e implementar considere o seguinte:
    1. Tenha pessoas capacitadas e idôneas – Todas as informações administrativas da organização estarão em aberto e nas mãos dos profissionais de implantação, é de suma importância escolher uma equipe confiável.
    2. Menor personalização possível – Até 30% de alterações no software considera-se uma margem segura para evitar dores de cabeça, os módulos já possuem níveis de experiência consideráveis.
    3. Escolha correta do ERP – Cada caso é um caso, um erro na escolha ocasionará grande perda de tempo e dinheiro.
  2. Fatores de sucesso:
    1. Suporte da alta gerência – A alta gerência da empresa deve acreditar na ideia e acompanhar de perto todo o processo de implantação, desde o início até a entrega.
    2. Objetivos e metas claras – Para que todo o processo ocorra com tranquilidade, todos devem saber dos objetivos e metas propostos.
    3. Comunicação interna – Todos os setores da organização devem estar atentos às requisições e prontos para colaborar
    4. Gerenciamento de expectativas – Após a implantação, devemos acompanhar os níveis de satisfação e afinidade com as novas ferramentas por parte dos usuários.
    5. Liderança de projeto – Bons conhecimentos em gerenciamento de projetos são muito bem vindos, é importante que todo o projeto tenha um líder gerencial competente.
  3. Vantagens pós-implementação:
    1. Integração de processos – Fatalmente os processos de todas as sofrerão uma reengenharia e terão suas informações integradas como uma “engrenagem”
    2. Padronização de processos – A pesar de muitos se queixarem de processos “engessados”, a vantagem é que tudo passa a seguir um padrão onde a margem de erros é minimizada.
    3. Acesso – Os setores possuirão maior acesso às informações o que deve mudar a cultura da empresa.
    4. Velocidade – Como todo o sistema é integrado, a velocidade nos processos é muito maior.
    5. Eliminação de redundância – Não há processos repetidos e nem redundância de documentação ou dados.
    6. Mudanças – As mudanças passam a não impactar mais de maneira incômoda
  4. Desvantagens
    1. Custos – Tratando-se de uma reengenharia de processos com elementos de T.I, obviamente os custos são altos.
    2. Imposição de padrões – Fatalmente alguns processos não serão flexibilizados o que pode ocasionar desmotivação por parte de alguns
    3. Repercussão de erros – As falhas serão notadas em grande proporção
    4. Desmotivação – Parte dos usuários provavelmente não irá colaborar com as mudanças e se sentirá desmotivada
    5. Treinamento inadequado – Em caso de incapacidade de operação todos os setores sentirão o peso da deficiência
  5. Requisitos (como deve ser uma ERP):
    1. Multifuncional – Atender a todas as necessidades solicitadas
    2. Integrado – Integrar os setores da organização como uma “engrenagem”
    3. Modular – Adquirem-se módulos na medida em que as necessidades exijam
    4. Adaptativo – Permitir mudanças e adaptações com o passar dos dias
  6. Custos (devemos estar preparados para isto)
    1. Tangíveis
      1. Valor das licenças de softwares
      2. Ativos de infraestrutura (máquinas e ativos de rede)
      3. Mão de obra de implementação
      4. Integração
      5. Testes
    2. Intangíveis
      1. Tempo gasto com implementações
      2. Treinamentos
      3. Tempo gasto com falhas
      4. Novas necessidades tecnológicas
      5. Outros
  7. Grandes fornecedores de ERPs do mercado atual
    1. Grande porte - SAP; Oracle e Microsoft.
    2. Médio porte - SAP; Oracle; Microsoft; Datasul, Microsiga, RM, Logocenter (grupo TOTVS); Benner; Senior e StarSoft.
    3. Pequeno porte – SAP; Oracle e Microsoft.
  8. Decisão e adoção – Após a apuração de todas as informações até aqui, chega o momento da adoção
  9. Aquisição
  10. Implementação
  11. Uso e manutenção
  12. Abandono – Casos de abandono acontecem quando a escolha da ERP foi inadequada às necessidades da empresa, inicia-se o processo de implantação e durante este processo detectam-se falhas que deveriam ser percebidas antes e a implantação é descontinuada.
  13. Conclusões
    1. Contribui para a integração – Todos os setores da empresa sofrem uma reengenharia que integra todos os processos gerenciais.
    2. Necessita planejamento detalhado – Implantar uma ERP não é algo simples a se fazer, requer planejamento e muito cuidado.
    3. Treinamento de funcionários – Os usuários do novo sistema devem estar preparados para a nova cultura da empresa
    4. Lidar com resistência do usuário – É normal que haja insatisfação e desmotivação por parte da equipe, devemos reverter a situação
    5. Destaque para a área administrativa – Os administradores devem inteirar-se com o maior número de informações possíveis sobre o assunto
    6. Exige treinamento e aperfeiçoamento constante – Em se tratando de tecnologia, há a necessidade de acompanhar as tendências e nos capacitarmos para elas
  14. Nenhum sistema é melhor do que as pessoas que vão operacionaliza-lo
    De fato já há algum tempo, não temos mais a visão de que a tecnologia está para eliminar a participação do homem no trabalho. As máquinas não substituem as pessoas, apenas colaboram com suas atividades dando-lhes melhor qualidade de vida no trabalho e em outras atividades.
 
Perguntas e respostas pós palestra

É possível a implementação em apenas um departamento?
R: Sim.  Por se tratarem de sistemas modulares
De que forma se analisa a inteligência humana e a artificial
R: Não existe mais o conceito de inteligência artificial e sim computacional onde o homem ainda é o centro da inteligência
As empresas devem executar a reengenharia de processos antes da implantação de uma ERP?
R: Sim. Podemos evitar duas reengenharias por isso. Porém em alguns casos busca-se a reengenharia dentro de uma implementação de ERP
Qual a importância da mudança do sistema (legado)  atual para a nova cultura?
R: O importante é definir bem as interfaces de cada módulo com bom planejamento de implantação e devemos deixar o sistema "Legado" ativo durante a implantação.

Texto inicial por Fábio P. Camargo
Etapas e aspectos abordados sobre a implantação de ERPs - Professora Magda (palestrante)
Pesquisas sobre fornecedores de ERPs - http://projetoerp.blogspot.com.br
Perguntas finais pelos alunos e participantes da palestra
Respostas pela Professora Magda (palestrante)
Considerações finais - Professor Cleyton (coordenador de cursos da área de negócios da Unicapital / Unifesp)

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